Preocupado com o mediatismo do caso, com o escrutínio da vida íntima dos envolvidos e com o rigor da informação, o Tribunal de Aveiro quis cortar o mal pela raiz. À exceção da leitura do acórdão, todas as sessões vão realizar-se à porta fechada. O ex-marido e os filhos da alegada vítima não concordam e, por isso, o advogado que os representa vai recorrer da decisão.
O recurso deve ser formalizado no prazo máximo de 30 dias. Depois, o Tribunal da Relação do Porto terá outros 30 dias para as contra-alegações.
E só por meio desses dois prazos se pode perceber que não haverá uma decisão antes de 19 de maio, data marcada para o início do julgamento. Mas isso não impede que os trabalhos avancem à porta fechada no Tribunal de Aveiro.
No julgamento do desaparecimento da Murtosa, que contará com quatro jurados, o arguido é um empresário português de quem a mulher estaria grávida. O corpo nunca foi encontrado, mas o Ministério Público (MP) considerou ter indícios suficientes para uma acusação por homicídio qualificado e profanação de cadáver.