A falta de professores mantém-se, a uma semana do final do 2.º período letivo. Segundo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), o número de alunos sem aulas chega aos 44 mil, idêntido ao registado, por esta altura, no ano passado.
As contas são avançadas pelo Correio da Manhã e feitas a partir dos 350 horários pedidos pelos diretores na plataforma de contratação de escolas. Têm em conta a estimativa de que cada professor do 2.º e 3.º ciclo e também do ensino secundário dá aulas a cerca de 130 alunos.
“Não tenho esse número. Não sei o que é que ele quer dizer”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Alexandre, quando confrontado com a estimativa.
“Desses 44 mil, quantos alunos é que não tiveram aulas esta semana? Quantos não têm aulas há um mês? Quantos não têm aulas desde o início do ano?”, questionou. “Isso é que importa e não há ninguém que consiga dizer isto, que eu saiba."
“O governo anterior não tinha esses números, eu quando cheguei ao Ministério não tinha esses números, e o que nós estamos a fazer é uma auditoria que permita identificar as condições do sistema de informação para que possamos ter números fiáveis”, declarou o ministro.
A Fenprof tem vindo a alertar para a pouca eficácia do plano do governo "+ Aulas + Sucesso" e insiste que a situação só não é tão gravosa porque os professores colocados estão sobrecarregados com horas extraordinárias.
De acordo com os números da federação, pouco mudou em relação ao último ano, quando, em maio, 40 mil alunos estavam sem algum professor.