País

"Era o que faltava": André Ventura recusa-se a tirar cartazes polémicos e rejeita acordo com Luís Montenegro

O líder do Chega acusa Luís Montenegro de criar instabilidade parlamentar por não formar maioria com o Chega. André Ventura rejeita um acordo com o primeiro-ministro, citando suspeitas graves relacionadas com a empresa familiar Spinumviva. Recusa-se ainda a retirar os cartazes polémicos que associam Luís Montenegro a José Sócrates, apesar da providência cautelar apresentada pelo líder do Governo.

Mariana Jerónimo

Após a queda do Governo da Aliança Democrática (AD), os partidos políticos preparam os possíveis cenários pós-eleições.

Em entrevista à SIC Notícias, André Ventura defende que os últimos Presidentes da República têm tido uma "precipitação muito grande em formar Governos depois das eleições" e acusa Luís Montenegro de ter criado uma situação de "instabilidade parlamentar" por não ter formado uma maioria parlamentar com o Chega.

"E se a AD ficar em primeiro lugar à direita e se houver uma maioria à direita? Todos temos de ser responsáveis para que essa maioria de direita consiga afirmar-se como um Governo estável. E não é com Luís Montenegro nestas circunstâncias que isso pode acontecer", frisa o líder do Chega.

André Ventura insiste que o primeiro-ministro deve explicações ao país e rejeita um possível acordo com Luís Montenegro que diz estar envolvido em suspeitas graves na sequência do caso que envolve a sua empresa familiar, a Spinumviva.

Retirar os cartazes? "Era o que faltava"

Esta semana, Luís Montenegro interpôs uma providência cautelar no Tribunal Judicial de Lisboa contra o Chega e contra André Ventura devido aos cartazes afixados pelo partido que associam o chefe do Governo a José Sócrates e que Montenegro considera difamatórios.

"Era o que faltava", responde o líder do Chega quando questionado sobre se os cartazes vão ser retirados das ruas. Acusa ainda o primeiro-ministro ter tentado retirar os cartazes sem "ouvir o outro partido".

"Chega tem candidaturas fortíssimas"

O líder do Chega diz que a ambição é governar Portugal e recusa pensar num resultado inferior aos das últimas legislativas. André Ventura diz que quer "jogar no campeonato dos grandes".

Garante que irá apresentar uma candidatura "fortíssima" à Câmara Municipal de Lisboa (CML), bem como a outras autarquias do país.

Diz também que o seu partido está focado em vencer as eleições legislativas do próximo dia 18 de maio e que vai apresentar os seus "melhores" candidatos. Recusa , no entanto, responder se vai retirar a candidatura às eleições presidenciais de 2026.

Últimas