Após a queda do Governo da Aliança Democrática (AD), os partidos políticos preparam os possíveis cenários pós-eleições.
Em entrevista à SIC Notícias, André Ventura defende que os últimos Presidentes da República têm tido uma "precipitação muito grande em formar Governos depois das eleições" e acusa Luís Montenegro de ter criado uma situação de "instabilidade parlamentar" por não ter formado uma maioria parlamentar com o Chega.
"E se a AD ficar em primeiro lugar à direita e se houver uma maioria à direita? Todos temos de ser responsáveis para que essa maioria de direita consiga afirmar-se como um Governo estável. E não é com Luís Montenegro nestas circunstâncias que isso pode acontecer", frisa o líder do Chega.
André Ventura insiste que o primeiro-ministro deve explicações ao país e rejeita um possível acordo com Luís Montenegro que diz estar envolvido em suspeitas graves na sequência do caso que envolve a sua empresa familiar, a Spinumviva.
Retirar os cartazes? "Era o que faltava"
Esta semana, Luís Montenegro interpôs uma providência cautelar no Tribunal Judicial de Lisboa contra o Chega e contra André Ventura devido aos cartazes afixados pelo partido que associam o chefe do Governo a José Sócrates e que Montenegro considera difamatórios.
"Era o que faltava", responde o líder do Chega quando questionado sobre se os cartazes vão ser retirados das ruas. Acusa ainda o primeiro-ministro ter tentado retirar os cartazes sem "ouvir o outro partido".
"Chega tem candidaturas fortíssimas"
O líder do Chega diz que a ambição é governar Portugal e recusa pensar num resultado inferior aos das últimas legislativas. André Ventura diz que quer "jogar no campeonato dos grandes".
Garante que irá apresentar uma candidatura "fortíssima" à Câmara Municipal de Lisboa (CML), bem como a outras autarquias do país.
Diz também que o seu partido está focado em vencer as eleições legislativas do próximo dia 18 de maio e que vai apresentar os seus "melhores" candidatos. Recusa , no entanto, responder se vai retirar a candidatura às eleições presidenciais de 2026.