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Caso das gémeas: com dissolução do Parlamento, deputados trabalham em contrarrelógio para as conclusões

Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso das duas crianças luso-brasileiras estavam suspensos até 25 de março mas a queda do Governo obrigou a um aceleramento do processo.

Joana Rita de Almeida

A Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras tem os dias contados com a dissolução da Assembleia da República e fechará sem qualquer efeito prático. O relatório preliminar, feito pela relatora Cristina Rodrigues, deputada do Chega, será chumbado pelos restantes partidos.

O maior ponto de discórdia é também a principal conclusão do relatório apresentado pela deputada do Chega, Cristina Rodrigues, a quem cabia redigir o documento: a intervenção do Presidente da República no processo.

Foram mais de três horas de troca de argumentos. De um lado, a defesa de quem apresentou o relatório preliminar à revelia da comissão. Do outro, os partidos que discordam de quase todas as conclusões. O PSD até já apresentou um relatório alternativo, e o PS e o PAN têm as suas próprias conclusões.

Há consenso apenas quanto ao envolvimento do filho de Marcelo Rebelo de Sousa. E uma certeza: o relatório terá chumbo certo.

Mas, no final, a decisão acabou adiada até terça-feira, um dia antes da dissolução do Parlamento. A comissão trabalha agora em contrarrelógio para salvaguardar o trabalho dos últimos dez meses.

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