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Gouveia e Melo não comenta crise política mas defende que país precisa de estabilidade

Em relação à já esperada candidatura a Belém, o almirante diz apenas que, neste momento, “os portugueses estão muito mais preocupados com assuntos mais urgentes”.

SIC Notícias

O almirante Gouveia e Melo não se alongou nos comentários sobre a atual crise política que ameaça a estabilidade da política nacional. O antigo chefe do Estado-Maior da Armada entende que a situação deve ser revertida de forma urgente.

À margem do Congresso de Gestão em Saúde, que acontece no Porto, o almirante disse considerar que a solução política cabe aos "atores políticos que têm responsabilidade", recusando, por isso, propor soluções. 

Quando questionado sobre se considera que ainda é possível evitar eleições legislativas, Gouveia e Melo foi perentório: "Não faço comentário político". 

Reconheceu, no entanto, que Portugal necessita de recuperar estabilidade no campo político: 

"Não é bom termos instabilidade interna a somar a uma forte instabilidade externa, que põe em risco não só a Europa como o Mundo". 

"Não vou comentar o que o Presidente faz"

O militar na reserva recusou ainda comentar a posição do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e também as ideias do candidato Luís Marques Mendes na quinta-feira para que se evitem eleições antecipadas.

"Não vou comentar o que o senhor Presidente da República faz, ele é o ator político eleito, terá as suas razões, explicará aos seus eleitores, que somos todos nós, esses motivos", declarou.

Em relação à já esperada candidatura a Belém, o almirante disse apenas que, neste momento, “os portugueses estão muito mais preocupados com assuntos mais urgentes” e insistiu na célere resolução dos problemas:

"Os atores políticos devem resolvê-la de forma urgente porque todos nós precisamos de estabilidade e credibilidade."

Recorde-se que o Presidente da República admitiu na quarta-feira eleições antecipadas em maio, no final de um dia em que o primeiro-ministro anunciou uma moção de confiança - na quinta-feira já aprovada em Conselho de Ministros - que tem chumbo prometido dos dois maiores partidos da oposição, PS e Chega, e que deverá ditar a queda do Governo na próxima semana.

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