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Governo e PS sem margem para recuos: país vai (mesmo) seguir para eleições

A única possibilidade de evitar eleições seria um recuo da moção de confiança por parte do Governo, ou o PS deixar passá-la. No entanto, para a editora de Política do Expresso, Eunice Lourenço, tanto o Governo quanto o PS já não têm margem para recuar.

SIC Notícias

O Parlamento debateu mas, como previsto, a moção de censura do PCP foi chumbada. Segue-se agora mais uma moção, desta vez, de confiança. No entanto, se for rejeitada, como é esperado, o país parte para eleições menos de um ano após Luís Montenegro tornar-se primeiro-ministro.

Para Eunice Lourenço, editora de Política do Expresso, aponta que a única possibilidade de evitar eleições seria um recuo da moção de confiança por parte do Governo, ou o PS deixar passá-la. No entanto, a jornalista acredita que tanto o Governo quanto o PS já não têm margem para isso.

"A escalada foi tão grande e tão rápida na tensão política que já não há margem para qualquer um destes recuos", afirmou Eunice Lourenço, destacando que qualquer tentativa de diminuição da tensão parece impossível neste momento.

Além disso, a editora acrescentou que, caso a moção de confiança não passe no Parlamento, o Presidente da República não deve considerar outra hipótese que não seja a convocação de eleições "o mais rápido possível". Segundo a jornalista, Marcelo Rebelo de Sousa quer garantir que "nenhum partido tenha problemas de liderança".

Por outro lado, Gonçalo Ribeiro Telles, comentador SIC, também se mostrou cético em relação à moção de confiança do Governo, considerando-a uma estratégia sem sentido após o chumbo de duas moções de censura.

"Eu acho que a moção de confiança do Governo, depois do chumbo de duas moções de censura, faz menos sentido, a não ser para quem queira eleições por tudo e por nada", afirmou o comentador SIC.

Gonçalo Ribeiro Telles destacou que a moção de confiança parece ser uma tentativa de evitar a criação de uma comissão de inquérito proposta pelo PS, até porque o "Governo não precisa da moção de confiança para governar".

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