Política

Manhã serena em Belém e São Bento após (primeira) tempestade no Parlamento

O Parlamento debateu mas, como previsto, a moção de censura do PCP ao XIV Governo foi chumbada. Segue-se agora mais uma moção, desta vez, de confiança. No entanto, se for rejeitada, como é esperado, o país parte para eleições menos de um ano após Luís Montenegro tornar-se primeiro-ministro. Certo, neste momento, é apenas que a crise política está longe de terminar.

MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

SIC Notícias

O Presidente da República prometeu agir "o mais rápido possível" se a moção de confiança que o Governo irá apresentar ao parlamento for rejeitada. Já confirmou que vai "imediatamente" convocar os partidos, "se possível para o dia seguinte, e o Conselho de Estado para dois dias depois", prometendo "um calendário de intervenção o mais rápido possível".

Já com datas em mente, Marcelo Rebelo de Sousa indicou a possibilidade do país ir a eleições legislativas entre os dias 11 e 18 de maio, entendendo que, desta vez, não é preciso dar espaço para haver uma reorganização política interna nos partidos.

Com o primeiro-ministro, atualmente, em Bruxelas para uma reunião extraordinária para primeiras decisões sobre defesa, ainda não há data definida para o Governo apresentar a moção de confiança anunciada ontem, mas é possível que aconteça esta sexta-feira.

Recorde-se que a moção de confiança segue a mesma regra da moção de censura: se não for aprovada, implicará a queda do Governo - e com a rejeição do PS e do Chega, deverá ter o chumbo garantido.

Se este cenário se confirmar, é certo que, na próxima semana, haja um debate em que Luís Montenegro, Pedro Nuno Santos, André Ventura e os restantes líderes partidários começarão a argumentar, tendo em vista as eleições legislativas.

Em relação à empresa familiar, o primeiro-ministro garante que nunca recebeu "um cêntimo" de grupos privados desde que foi eleito presidente do PSD e promete estar em exclusividade como chefe do Governo.

Entretanto, na altura em que os partidos estavam a debater a moção de censura no Parlamento, o Grupo Solverde (um dos principais clientes da Spinumviva) anunciou a rescisão do contrato de prestação de serviços com a empresa da família de Luís Montenegro.

A empresa, que pagava uma avença mensal de 4.500 euros à Spinumviva, explicou, em comunicado, que essa decisão tem como objetivo "manter a reputação e o bom nome".

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