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Escrituras sugerem que casas de Montenegro em Lisboa foram pagas a pronto pagamento

O primeiro-ministro usou dinheiro depositado em várias contas à ordem para pagar uma das duas casas que comprou em Lisboa, sem recurso a crédito bancário. Depósitos que, por serem de valor inferior a 41 mil euros, dispensam a declaração à entidade da transparência.

SIC Notícias

Ainda Luís Montenegro não era primeiro-ministro quando, em dezembro de 2023, os filhos compraram um T1 na Travessa do Possolo por mais de 300 mil euros.

No mesmo prédio onde, em novembro de 2024, o próprio Luís Montenegro e a mulher compraram um outro T1, conforme declarou no mês seguinte numa alteração à declaração de rendimentos entregue na entidade para a transparência.

Este custou cerca de 401 269 euros entre o valor do apartamento e impostos. Mas o Correio da Manhã, que divulgou as escrituras, no sábado, referiu que desse valor - 226 mil euros - não foi possível apurar a origem nas declarações.

Luís Montenegro - lê-se esta segunda-feira - usou dinheiro depositado em várias contas à ordem de valor inferior a 41 mil euros, o que dispensa ter de declarar.

Na escritura das duas casas, não há referência a crédito bancário, o que significa foram pagas a pronto pagamento. Luís Montenegro respondeu ao jornal que o questionou sobre a origem do dinheiro que "a origem do meu património foi o trabalho. Não existem dados ou meios ocultos".

No caso dos filhos, garantiu que não usaram dinheiro de nenhuma empresa da família. mas património financeiro próprio e dos pais para pagarem a casa.

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