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Funcionários dispensados: dono de empresa de Marco de Canaveses fala em falta de encomendas

À Autoridade para as Condições de Trabalho, os trabalhadores da empresa têxtil Temasa fizeram várias queixas por assédio laboral desde que o proprietário nomeou uma nova chefe de produção.  

Cristina Freitas

José Vaio

Miguel Castro

SIC Notícias

A fábrica têxtil Temasa, em Marco de Canaveses, apresentou insolvência e dispensou perto de 70 trabalhadores. O proprietário diz que ficaram sem encomendas, mas os funcionários falam numa estratégia para esvaziar a empresa através de violência psicológica e assédio laboral. 

Ao fim de 39 anos, penduraram as fardas e uma faixa que, para a maioria, resume a história da Temasa, que chega agora ao fim: “39 anos de trabalho. Dois anos de tortura e violência psicológica”, lê-se na tarja. 

À Autoridade para as Condições de Trabalho, os trabalhadores fizeram várias queixas por assédio laboral desde que o proprietário nomeou uma nova chefe de produção.  

À indignação junta-se um sentimento de urgência em esclarecer o processo que levou a este desfecho. 

Os 66 funcionários, a maioria mulheres, ficaram a saber na segunda-feira que a empresa têxtil ia encerrar.  Os problemas já começaram em agosto do ano passado e, atualmente, têm em atraso o subsídio de Natal e metade do salário de janeiro. 

O proprietário, Andreas Falley, que comprou a Temasa há cinco anos, recusou gravar entrevista com a SIC. Disse apenas que foi a falta de encomendas que levou ao pedido de insolvência e que, agora, aguarda a nomeação de um administrador para o processo. 

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