Numa altura em que o Chega é notícia, dentro e fora de Portugal, pelos escândalos que envolvem membros do partido, André Ventura foi a Espanha defender que a extrema-direita tem de reconquistar a Europa cristã. Intenções deixadas na primeira cimeira do grupo parlamentar europeu que junta os partidos da direita radical.
O ano não começou bem para o partido que quer limpar Portugal. Logo depois do deputado Miguel Arruda ter sido constituído arguido por furto qualificado de malas, Nuno Pardal, dirigente distrital do Chega e deputado municipal em Lisboa, foi acusado de prostituição de menores.
Pardal, que defendia a "castração química de pedófilos e abusadores" foi o nome escolhido pelo Chega para representar o partido no Grupo de Trabalho da Assembleia das Crianças de Lisboa.
Antes da semana acabar, ainda haveria tempo para que o deputado regional do Chega nos Açores, João Paulo Sousa fosse apanhado a conduzir com uma taxa de alcoolemia de 2,25, crime punível com pena de prisão.
Os escândalos do Chega fizeram manchetes dentro e fora de Portugal, sobretudo em Espanha, país onde discursou este sábado o líder do partido que tem vários deputados a braços com a justiça.
Ventura foi a Madrid para discursar na primeira cimeira do Patriotas pela Europa, grupo parlamentar europeu que junta os partidos da direita radical.
Animado pela recente vitória de Trump nas eleições norte-americanas, o evento contou com a presença da francesa Marine Le Pen e do húngaro Viktor Orbán, aliado de Vladimir Putin.