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PGR diz que há "indícios de falsificação" no caso das mães alegadamente despedidas do BE

A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito para investigar o caso dos alegados despedimentos que aconteceram no Bloco de Esquerda (BE).

Carolina Rico

O procurador-geral da República confirma a abertura do inquérito do Ministério Público ao caso das trabalhadoras despedidas do Bloco de Esquerda e fala em indícios de falsificação de documentos.

“Estivemos a estudar as questões, pareceu-nos que era possível e que havia condições para, pelo menos, averiguar e depois daremos o despacho quando fizemos a investigação”, disse Amadeu Guerra aos jornalistas esta manhã.

“Os indícios que também temos são de falsificação, mas isso não significa que que se venha provar, portanto nós o que vamos fazer é investigação, como fazemos em todas as situações.”

A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu esta quinta-feira um inquérito para investigar o caso dos alegados despedimentos que aconteceram no Bloco de Esquerda (BE).

O caso dos cinco alegados despedimentos foi divulgado na semana passada pela revista Sábado, que adiantou que algumas das mulheres que trabalhavam no partido estavam ainda a amamentar.

Em reação, o Bloco de Esquerda justificou, em comunicado, que a redução de pessoal feita na sequência da baixa da subvenção mensal que recebia foi feita de duas formas: "a generalidade das comissões de serviço foi terminada no final de março de 2022, respeitando os prazos legais de notificação" e "em dois casos, em atenção a situações pessoais particulares, o Bloco propôs que a cessação de vínculo se efetuasse no final de dezembro de 2022, garantindo às duas funcionárias mais tempo de preparação da fase seguinte das suas vidas".

"Nenhuma trabalhadora 'com um bebé de dois meses' foi despedida do quadro do Bloco. Nenhuma trabalhadora afetada pelo término de comissões de serviço foi substituída por outro trabalhador contratado para o efeito", divulgou o partido.

Com Lusa

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