O plano entregue pela ANA ao Governo prevê que a construção da nova infraestrutura arranque dentro de cinco anos. Embora a localização, a 45 quilómetros de Lisboa, tenha sido considerada distante, a criação de novos acessos, como a terceira travessia sobre o Tejo e o TGV, deverá facilitar o trajeto. Para os passageiros, a distância não é um problema e é comparada a outros aeroportos internacionais situados longe do centro das cidades.
Atualmente, o aeroporto Humberto Delgado está saturado, o que reforça a necessidade de uma nova infraestrutura. No entanto, há preocupações em relação ao custo da obra e às implicações ambientais. Segundo o relatório da ANA, existem riscos associados à falta de mão de obra qualificada, e a empresa sugere que os custos do impacto ambiental sejam atribuídos ao Estado, que encomendou o projeto.
Outro desafio é a questão das taxas aeroportuárias. A SIC sabe que, se a concessão atual não for renegociada, os preços poderão aumentar ainda mais, penalizando os passageiros. Em 2023, o aeroporto de Lisboa já figurava como um dos mais caros da Europa, superando Madrid, Barcelona, Estocolmo e Dublin.
A Vinci, empresa francesa que gere a infraestrutura, mostrou disponibilidade para negociar, mas o Governo pretende acelerar os prazos para garantir a concretização do projeto dentro do tempo previsto.