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Porto vai ter unidade móvel de consumo assistido de droga

Só Lisboa e Porto têm este tipo de estruturas, segundo o presidente da Câmara do Porto. No arranque no projeto, Rui Moreira deixou vários recados ao Governo, a quem pede maior investimento na "prevenção e tratamento da toxicodependência".

Catarina Folhadela

Márcia Torres

Rui Flórido

Miguel Castro

Em menos de cinco minutos, com três assinaturas num papel, se preenche uma lacuna antiga e se põe em marcha um projeto que até já estava na lei desde 2001. Foi preciso esperar. Em 2022, o Porto teve, finalmente, a sua primeira unidade de consumo assistido instalada no bairro da Pasteleira.

“O município [da Pasteleira] assumiu na totalidade o financiamento desta sala e da respetiva equipa durante os primeiros 14 meses de atividade”, conta o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

Os resultados foram positivos. Agora, é hora de avançar agora para a unidade móvel. Esta já será totalmente financiada pelo Estado, através do Instituto para os Comportamentos Aditivos e Dependências. É que os cofres da Câmara do Porto têm um fundo e o esforço tem de ser distribuído.

“Cabe ao ministério da Saúde investir em equipamento e recursos para o combate a toxicodependência”, diz Rui Moreira.

“Estado deve investir mais”

Só Lisboa e Porto, diz Rui Moreira, têm este tipo de estruturas, mas isso tem de mudar.

"O Estado deve investir mais na prevenção e tratamento da toxicodependência e também na sensibilização dos jovens (…) tudo isto sem deixar de aplicar a lei e de reforçar os meios de combate ao tráfico, hoje claramente insuficientes", afirma o autarca do Porto.

Recados dados, a unidade móvel está pronta a entrar em andamento. Vai começar por, numa primeira fase, rolar nos territórios de Campanhã e da União de Freguesias do centro histórico.

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