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Deputado do Chega sob suspeita: como é que Miguel Arruda (alegadamente) furtava malas nos aeroportos?

Tudo aconteceria nas viagens entre Lisboa e Açores, onde Miguel Arruda vive com a família. André Ventura já reagiu. O presidente do Chega, que ainda está nos EUA, quer reunir-se de urgência com o deputado assim que regressar a Portugal.

Bruno Castro Ferreira

Inês de Oliveira Martins

Sara Sousa Oliveira

Filipe Melo

O deputado do Chega Miguel Arruda foi esta terça-feira alvo de buscas e constituído arguido por suspeita de furto qualificado. Durante meses terá roubado malas do tapete de bagagens dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada.

As viagens recorrentes entre Lisboa - onde trabalha como deputado à Assembleia da República - e os Açores - onde vive com a família e círculo por que foi eleito -, terão criado a ocasião.

Miguel Arruda é suspeito de, após aterrar nos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada, se dirigir ao tapete de bagagens, pegar na mala de outros passageiros e sair.

Ao que a SIC apurou, o crime - furto qualificado - terá acontecido várias vezes durante meses.

Esta terça-feira, a PSP surpreendeu o deputado do Chega. A divisão de investigação criminal da polícia fez buscas nas duas moradas do deputado do Chega: em Lisboa e em São Miguel.

Ventura quer reunir-se com Arruda assim que chegar a Portugal

Em Washington D.C., André Ventura soube da notícia pela comunicação social, com “enorme estupefação”.

“A lei tem que se aplicar a todos. Se os factos forem verdadeiros, são intoleráveis”, disse.

O presidente do Chega quer reunir-se com o deputado, de urgência, assim que chegar a Portugal.

Imunidade parlamentar: e agora?

Miguel Arruda, de 40 anos, foi constituído arguido. Por ser deputado, goza de imunidade parlamentar.

Para ser ouvido, o tribunal terá de pedir o levantamento da imunidade ao presidente da Assembleia da República.

O inquérito é dirigido pelo DIAP de Lisboa e está em segredo de justiça. O crime de furto qualificado é punido com pena de prisão até cinco anos.

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