O deputado do Chega Miguel Arruda foi esta terça-feira alvo de buscas e constituído arguido por suspeita de furto qualificado. Durante meses terá roubado malas do tapete de bagagens dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada.
As viagens recorrentes entre Lisboa - onde trabalha como deputado à Assembleia da República - e os Açores - onde vive com a família e círculo por que foi eleito -, terão criado a ocasião.
Miguel Arruda é suspeito de, após aterrar nos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada, se dirigir ao tapete de bagagens, pegar na mala de outros passageiros e sair.
Ao que a SIC apurou, o crime - furto qualificado - terá acontecido várias vezes durante meses.
Esta terça-feira, a PSP surpreendeu o deputado do Chega. A divisão de investigação criminal da polícia fez buscas nas duas moradas do deputado do Chega: em Lisboa e em São Miguel.
Ventura quer reunir-se com Arruda assim que chegar a Portugal
Em Washington D.C., André Ventura soube da notícia pela comunicação social, com “enorme estupefação”.
“A lei tem que se aplicar a todos. Se os factos forem verdadeiros, são intoleráveis”, disse.
O presidente do Chega quer reunir-se com o deputado, de urgência, assim que chegar a Portugal.
Imunidade parlamentar: e agora?
Miguel Arruda, de 40 anos, foi constituído arguido. Por ser deputado, goza de imunidade parlamentar.
Para ser ouvido, o tribunal terá de pedir o levantamento da imunidade ao presidente da Assembleia da República.
O inquérito é dirigido pelo DIAP de Lisboa e está em segredo de justiça. O crime de furto qualificado é punido com pena de prisão até cinco anos.