Com a dúvida em Lisboa desfeita, o Partido Socialista continua a divulgar os nomes dos candidatos autárquicos. Pedro Nuno Santos, secretário-geral do partido, aproveitou a agenda de fim de semana, com destaque para um almoço em Guimarães, para aquecer motores para os meses que se avizinham.
Na coligação Aliança Democrática (AD), Carlos Moedas continua como a figura central em Lisboa, embora ainda não tenha confirmado oficialmente uma recandidatura, mantendo-se focado nas funções como presidente da câmara, com anúncios e inaugurações de obras.
No Porto, o PSD enfrenta o desafio da sucessão de Rui Moreira. Filipe Araújo, vice-presidente de Moreira, já está no terreno a angariar apoios, tendo reunido um manifesto assinado por 150 personalidades que defendem a sua continuidade na liderança da autarquia. O cenário poderá melhorar para o PSD caso a Iniciativa Liberal aceite uma coligação na cidade. Rui Rocha, líder da IL, deixou aberta essa possibilidade.
À esquerda, em Lisboa, mesmo com a aprovação de Carolina Serrão pela concelhia do Bloco de Esquerda, não está descartada a hipótese de uma lista conjunta com o PS e o Livre.
O Chega, por sua vez, ainda não definiu um candidato para Lisboa, mas fixa a meta ambiciosa de se tornar a terceira força política nas eleições. Para isso, terá de superar os 19 eleitos de 2021, um número ainda distante dos 148 do PCP e dos 134 alcançados por movimentos de cidadãos. O partido acredita ser possível conquistar câmaras municipais no Algarve e Alentejo, com apostas em figuras como a deputada Manuela Tender, candidata a Chaves, e Nuno Gabriel, apontado para Sesimbra.
Entre os nomes divulgados pelo Chega, destaca-se Lina Lopes para a Câmara de Setúbal. Ex-deputada do PSD e ligada à direção de Rui Rio, Lina Lopes saiu do partido após a eleição de Luís Montenegro e passou a integrar o gabinete de Pacheco de Amorim. Outros ex-militantes do PSD deverão surgir nas listas do Chega.