País

Ascenso Simões: "Palavras de Augusto Santos Silva sobre Seguro são ordinárias"

O ex-deputado socialista deixou duras críticas a Augusto Santos Silva. Ascenso Simões diz que as declarações do ex-Presidente da Assmbleia da República sobre Seguro foram "ordinárias" e que não refletem os valores do PS de Mário Soares.

Ascenso Simões

Este domingo, na SIC Notícias, Ascenso Simões, o ex-deputado do PS e comentador SIC, reagiu de forma contundente às declarações de Augusto Santos Silva, que considerou que António José Seguro "não cumpre os requisitos mínimos" para se candidatar à Presidência da República. Ascenso Simões classificou as declarações do ex-Presidente da Assembleia da República como "ordinárias" e lamentou que venham de alguém que desempenhou cargos tão relevantes ao longo de três décadas.

“É lamentável que alguém que foi ministro em três governos e desempenhou funções tão importantes chegue a este ponto. Augusto Santos Silva nunca abandonou o trotskismo em que militou após o 25 de Abril, e isso continua a manifestar-se”, afirmou.

Para Ascenso Simões, Santos Silva está a causar instabilidade no PS para que nada sobre, para além de si mesmo. O ex-deputado socialista avisa, no entanto, que Augusto Santos Silva não tem perfil para ser candidato presidencial.

"Faltam-lhe dois requisitos essenciais: proximidade com os portugueses e compaixão. É alguém profundamente frio, que nos últimos 30 anos viveu afastado da realidade nacional”, afirmou.

Ascenso Simões foi mais longe, afirmando que a postura de Santos Silva não reflete os valores do Partido Socialista.

“Isto não é o PS de Mário Soares, que, aliás, desconsiderava Augusto Santos Silva. Assisti pessoalmente a conversas em que isso ficou evidente. Estamos num ponto em que há uma geração que precisa de ir para casa, deixar os portugueses, e de vez em quando dar a sua opinião, escrever livros", continuou.

Sobre a candidatura de António José Seguro, Ascenso Simões reconheceu os desafios internos no PS e sugeriu que António Vitorino é a única opção para evitar uma divisão interna.

“No final, acredito que a candidatura de António Vitorino será a única capaz de mobilizar o PS, o centro-esquerda e o eleitorado moderado.

O comentador SIC alertou ainda que o PS não pode ser instrumentalizado por candidaturas com baixa viabilidade eleitoral.

“O partido não pode apoiar alguém que use esta candidatura apenas como encerramento de carreira política, especialmente se essa candidatura não passar dos 15%.”

Para o ex-deputado, António Vitorino é a figura com as melhores condições para unir o partido e o eleitorado.

Últimas