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IL quer incluir nacionalidade nos dados estatísticos sobre crimes

A Iniciativa Liberal quer que o Governo passe a divulgar a nacionalidade e tipo de autorização de residência de quem comete crimes. O partido defende que a discussão política se faça com base em dados e não em “emoções”.

PAULO NOVAIS/LUSA

Carolina Botelho Pinto

A IL quer que as estatísticas da criminalidade passem a incluir informação relativa ao género, idade, nacionalidade e tipo de autorização de residência dos criminosos e das vítimas.

O partido apresenta esta quarta-feira, em conferência de imprensa marcada para as 10:00, o projeto de resolução que vai apresentar à Assembleia da República com recomendações ao Governo.

Os liberais consideram que a informação que existe atualmente é “insuficiente” e entendem que só com mais dados será possível “compreender em profundidade” os fenómenos criminais e as suas dinâmicas.

Defendem ainda que o combate ao aproveitamento político se faz com dados e não com um “vazio estatístico” e destacam a importância da discussão política ser feita com base em factos e não “emoções”.

“A política deve basear-se em factos e dados e a sua não disponibilização ou a sua parca qualidade é contraproducente e serve apenas de catalisador de preconceitos e estigmas ao invés de proteger e retratar de forma fidedigna as dinâmicas criminais.”

A IL sublinha ainda que nas bases de dados disponíveis, nomeadamente no Portal Online De Estatísticas Da Justiça e no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), é apenas possível filtrar e analisar dados mediante o tipo de crime a localização.

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