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"Prefiro enrolar-me num cobertor a ter aquecimentos": o retrato da pobreza energética

Com os preços da luz e do gás cada vez mais elevados, muitos portugueses veem-se obrigados a encontrar alternativas para aquecer a casa. A pobreza energética é um problema que afeta cada vez mais famílias em Portugal.

Diana Pinheiro

André Miguel

Ricardo Piano

SIC Notícias

A pobreza energética afeta cada vez mais famílias em Portugal que tentam encontrar alternativas para manter as casas quentes durante o inverno. Quem sofre com este problema queixa-se dos elevados custos na fatura da luz e do gás e da falta de apoios.

Serafim dos Anjos sabe bem como funciona o aquecedor que lhe faz companhia durante o inverno, mas por curtos períodos, para tentar escapar ao frio.

Mesmo ao lado tem um monte de mantas que o ajudam a aquecer os pés, no entanto durante a manhã a alternativa é outra. Aos 90 anos faz sempre o mesmo percurso para encontrar um lugar confortável ao sol.

Também a vizinha, Maria Coelho, veio para a rua na manhã desta terça-feira, mas protegida das baixas temperaturas, tal como recomenda a Direção-Geral da Saúde.

À SIC diz que a sala onde o sol bate durante parte do dia é uma grande ajuda para não sentir as baixas temperaturas e também não ter gastos com aquecimentos.

"Prefiro enrolar-me num cobertor a ter aquecimentos", confessa.

Apesar do café do bairro estar de portas abertas, os clientes preferem conversar no exterior onde o sol ajuda a minimizar o desconforto provocado pelo frio.

Já José Pardal ainda consegue manter a casa quente, apesar do aumento na fatura da luz, mas, em Portugal, milhares de famílias não podem dizer o mesmo.

As casas húmidas e frias podem também agravar os problemas respiratórios.

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