A pobreza energética afeta cada vez mais famílias em Portugal que tentam encontrar alternativas para manter as casas quentes durante o inverno. Quem sofre com este problema queixa-se dos elevados custos na fatura da luz e do gás e da falta de apoios.
Serafim dos Anjos sabe bem como funciona o aquecedor que lhe faz companhia durante o inverno, mas por curtos períodos, para tentar escapar ao frio.
Mesmo ao lado tem um monte de mantas que o ajudam a aquecer os pés, no entanto durante a manhã a alternativa é outra. Aos 90 anos faz sempre o mesmo percurso para encontrar um lugar confortável ao sol.
Também a vizinha, Maria Coelho, veio para a rua na manhã desta terça-feira, mas protegida das baixas temperaturas, tal como recomenda a Direção-Geral da Saúde.
À SIC diz que a sala onde o sol bate durante parte do dia é uma grande ajuda para não sentir as baixas temperaturas e também não ter gastos com aquecimentos.
"Prefiro enrolar-me num cobertor a ter aquecimentos", confessa.
Apesar do café do bairro estar de portas abertas, os clientes preferem conversar no exterior onde o sol ajuda a minimizar o desconforto provocado pelo frio.
Já José Pardal ainda consegue manter a casa quente, apesar do aumento na fatura da luz, mas, em Portugal, milhares de famílias não podem dizer o mesmo.
As casas húmidas e frias podem também agravar os problemas respiratórios.