Luís Pinheiro garantiu no Parlamento que o que pesou no caso das gémeas luso-brasileiras foi o critério clínico. As meninas precisavam da consulta e do tratamento no Hospital de Santa Maria.
O ex-diretor clínico reconheceu que houve interferência do gabinete de Lacerda Sales no caso.
“O que sabemos é que há um email da secretaria de estado ou da sua secretária a fazer essa sinalização, que por acaso foi para a diretora do departamento e não para o Conselho de Administração, mas o filtro seguinte é o filtro clínico. Para mim é irrelevante a origem da sinalização ou da referenciação”, disse Luís Pinheiro, ex-diretor clínico do Hospital de Santa Maria.
Luís Pinheiro desmentiu a neuropediatra que tratou as meninas. Teresa Moreno disse no Parlamento que foi passada a mensagem de que, segundo Luís Pinheiro, havia uma ordem superior para aceitar o caso.
“O que a doutora Teresa Moreno disse não é verdade. Não transmite nada que se pareça com isso porque não recebi nenhum contacto de ninguém superior, inferior ou paralelo ao senhor secretário de Estado, portanto a afirmação da doutora Teresa Moreno é, no que me diz respeito, falsa", afirmou Luís Pinheiro.
Luís Pinheiro é arguido na investigação do Ministério Público, assim como Lacerda Sales e Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República.
No início da sessão, foi anunciado que a comissão vai perguntar formalmente a Marcelo Rebelo de Sousa se quer responder, por escrito ou presencialmente, às perguntas dos deputados.