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Caso Gémeas: diretor do hospital Lusíadas nega ter tido papel relevante na polémica

O diretor comercial do grupo Lusíadas garantiu, esta quinta-feira no Parlamento, não ter tido envolvimento na alegada poupança para a seguradora por as gémeas luso-brasileiras terem sido tratadas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), em vez do privado. A companhia de seguros fazia parte, naquela altura, da estrutura acionista do grupo Lusíadas.

Cláudia Machado

Victor Almeida é responsável por negociar o acesso aos hospitais do grupo Lusíadas de todos os utentes que têm seguros de saúde. O diretor comercial foi ao Parlamento responder aos deputados por ter respondido a um pedido de ajuda da mãe das gémeas luso-brasileiras, intermediado pelo empresário José Magro. O objetivo era conseguirem o contacto de Teresa Moreno. A Neuropediatra que dava consultas no Hospital privado e também no Hospital de Santa Maria.

Victor Almeida insistiu que não teve um papel relevante no caso, que envolve o tratamento com um medicamento que, à data, custou quatro milhões de euros para as duas crianças. Nem quando foi confrontado com um email enviado por José Magro à mãe das meninas, em que o empresário garante ter o apoio do diretor comercial dos Lusíadas.

A consulta para as gémeas no hospital dos Lusíadas foi marcada e desmarcada no mesmo dia, depois de ter sido assegurado o atendimento com a mesma médica, mas no hospital público. Mas os deputados continuam sem conseguir esclarecer quem marcou e desmarcou a consulta no privado.

A Comissão Parlamentar de Inquérito arrancou em maio, e pode prolongar-se por mais três meses. O Chega já fez saber que vai pedir que as audições se prolonguem pelo menos até março por considerar que não há condições para os deputados finalizarem os trabalhos.

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