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Bombeiros ameaçam com protestos e admitem voltar a deixar de fazer altas hospitalares

Caso não haja acordo com o Governo, a Liga dos Bombeiros Portugueses garante que a contestação irá continuar. Luís Marques Mendes considera que os bombeiros têm razão, mas comportaram-se como “delinquentes” na última manifestação.

MIGUEL A. LOPES

André de Jesus

Ana Geraldes

José Manuel Mestre

Pedro Carpinteiro

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ameaçou esta segunda-feira voltar, durante três dias em fevereiro, a deixar de fazer o transporte de doentes com altas hospitalares. Caso não haja acordo com o Governo, os bombeiros admitem ainda outras formas de protesto.

Num comunicado enviado às redações, o Conselho Nacional da LBP anuncia a aprovação de “várias medidas de ação”.

"Se não houver acordo com o Ministério da Saúde, sobre o acordo de cooperação entre a LBP e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), bem como a atualização do acordo para o transporte de doentes não urgentes (…), nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro próximo os Bombeiros não executarão altas hospitalares", refere a nota.

Os bombeiros admitem ainda realizar uma “concentração de viaturas” na Área Metropolitana de Lisboa a 9 de Março, “seguida de desfile na cidade de Lisboa com entrega de documento na sede do Governo”, isto caso o Governo não dê resposta às seguintes reivindicações: “subfinanciamento crónico das associações, falta de carreira e estatuto remuneratório, atualização dos seguros e comando nacional de bombeiros”.

Negociações suspensas por tempo indeterminado

O Governo mantém suspensas as negociações com os sapadores bombeiros, que esperavam um sinal do Executivo. Contudo, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, reafirmou que o último protesto foi uma tentativa de pressão “inadmissível”. E não foi o único.

O comentador SIC, Luís Marques Mendes, considera mesmo que os bombeiros têm razão, mas comportaram-se como “delinquentes”.

A LBP representa as 468 associações humanitárias dos corpos de bombeiros voluntários do país.

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