Nas mãos carregam as linhas que os vão guiar toda a vida profissional. Estela e Ricardo são dois dos 400 novos médicos que chegam, seis anos depois, ao fim de uma etapa do longo percurso da medicina.
O Presidente da República apareceu de surpresa na cerimónia de juramento de Hipócrates, na Aula Magna da Universidade de Lisboa. “Nem por nada deste mundo perdia este juramento”, começou por dizer, antes das más notícias.
Marcelo que tinha o sonho de ser médico, mas acabou jurista, alertou os jovens médicos para o que vão encontrar.
“Iniciam o vosso percurso num momento em que estamos numa encruzilhada no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dou-lhes outra má notícia: estamos há cerca de 30 anos. E o mais difícil é que a estrutura do sistema não está pensada, e cada vez está menos pensada, para dar tempo e respiro à relação médico e pessoa”, acrescento o chefe de Estado.
Perspetivas pouco animadoras que podem explicar a falta de médicos no país.
Ainda que sem um plano para que fiquem por cá, alguns destes 400 novos médicos vestem agora a bata branca na nova fase: o internato. Com um sentido de missão iniciam caminho no SNS para cumprirem o que este fim de semana juraram.