País

Montenegro garante que “nem um cêntimo do INEM será desviado” e volta a segurar ministra

Num jantar com militantes do PSD e CDS, o primeiro-ministro anunciou que vai ser apresentada uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado, no sentido de "garantir que nenhuma receita própria" daquele instituto seja desviada para outra finalidade.

SIC Notícias

O primeiro-ministro e presidente do PSD afirmou na quinta-feira à noite que o Governo não vive para “a conta do final do ano”, mas para resolver as preocupações do dia-a-dia das pessoas. Num evento com militantes do PSD e CDS, em Castelo Branco, Luís Montenegro garantiu que “nem um cêntimo do INEM será desviado” e voltou a segurar a ministra da Saúde.

Durante o evento no âmbito do roteiro "OE 2025 - Portugal no Bom Caminho", uma iniciativa conjunta entre PSD e CDS-PP para falar do Orçamento do Estado para 2025, Montenegro voltou a falar sobre o INEM e acusou os anteriores governos de terem tirado receitas do instituto para financiar outras despesas do Ministério da Saúde.

O chefe de Governo prometeu ainda apresentar esta sexta-feira uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para o próximo ano, no sentido de "garantir que nenhuma receita própria" daquele instituto seja desviada para outra finalidade.

Num discurso que demorou cerca de 40 minutos, Montenegro voltou a segurar a ministra da Saúde e garantiu que o Governo vai assumir responsabilidades, sublinhando que mudar responsáveis políticos nesta altura não vai resolver os problemas do INEM.

"Não fugimos às nossas responsabilidades, mas não vamos ficar a lamentar-nos nem a alimentar falsas querelas ou questões."

Governo quer "que a vida das pessoas melhore"

"Nós não vivemos para a conta do final do ano. Nós vivemos para a vida concreta das pessoas, nós vivemos para que o Governo contribua para resolver as preocupações do dia-a-dia das pessoas."

O líder social-democrata realçou que o Governo quer "ter um bom resultado financeiro", mas, antes disso, quer "que a vida das pessoas melhore": "Nós antes disso queremos que as pessoas paguem menos impostos e tenham serviços de qualidade."

Segundo Luís Montenegro, é essa a diferença entre o atual Governo minoritário da coligação AD e o anterior executivo do PS.

"A convicção que predominava antes de virmos para o Governo era cobrar o máximo de impostos, ter o mínimo de investimento nos serviços públicos - aliás, os serviços públicos à míngua - e depois apresentar uma conta bonita."

Já o Governo que lidera quer apresentar contas feitas, que mostrem equilíbrio, mas que, ao mesmo tempo resolvam problemas, dando nota de vários entendimentos e acordos que o Governo tem conseguido alcançar com várias classes profissionais.


- Com Lusa

Últimas