Entre as 9:30 e o 12:00, os técnicos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foram obrigados a trabalhar sem acesso aos sistema informático que permite fazer chamadas, recolher informação e automaticamente transferir os dados para os bombeiros ou outras equipas do INEM que sejam acionadas para uma situação de assistência médica.
Foram usados telemóveis, porque o sistema deixou de receber as chamadas e os pedidos foram apontados em papel. Mas, segundo o INEM, a paragem de hora e meia "não afetou o atendimento, a triagem nem o acionamento de meios de emergência."
Ao que a SIC apurou houve uma avaria numa placa de rede que impediu, momentaneamente, a comunicação entre computadores. O INEM garante que o problema "está resolvido."
"Aqui no Norte não existiu mas, pelos vistos, existiu na região Centro e Sul. Mas também vos que tenho de dizer que não são problemas desta semana. Por acaso agora, obviamente, a opinião pública está mais atenta ao que acontece no INEM. Mas todos os problemas que tem surgido nestas últimas semanas, são problemas recorrentes destes últimos anos", refere Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos.
Os problemas antigos do INEM caíram nas mãos de Sérgio Dias Janeiro que foi nomeado, em meados de julho, em regime de substituição por apenas 60 dias.
Há quatro meses que se sabe que é preciso nomear um presidente definitivo. O Governo diz que pediu, no início de setembro, à Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), para que fosse aberto o concurso. Mas foram precisos mais de dois meses para que fosse publicado em Diário da República.
O concurso vai agora decorrer com caráter de urgência por apenas 10 dias. Sem tempo para que a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) possa ouvir, em entrevista prévia, os candidatos interessados.
No fim, cabe ao Governo escolher o nome do presidente a quem exige que tenha duas licenciaturas - Medicina e Gestão - e também experiência no sistema de emergência médica. Requisitos onde cabe o currículo de Sérgio Dias Janeiro.