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Mais um caso de atraso do 112: mulher morre depois de esperar quase uma hora e meia

Uma idosa de 86 anos, em Castelo de Vide, não conseguiu assistência imediata, depois de ter entrado em paragem cardiorrespiratória.

Pedro Galego

José Louro

Uma mulher de 86 anos morreu, na segunda-feira, depois de ter entrado em paragem cardiorrespiratória no lar onde vivia, em Castelo de Vide. Os pedidos de socorro para o 112 não tiveram resposta, e os meios diferenciados só chegaram ao local quase uma hora e meia depois.

A primeira chamada aconteceu pelas 12h30 de segunda-feira, quando a utente do lar da Fundação Nossa Senhora da Esperança, em Castelo de Vide, se sentiu mal e entrou em paragem cardiorrespiratória.

João Palmeiro, presidente da fundação, explica que, uma vez que a idosa não respondia às manobras de reanimação efetuadas pelo enfermeiro do lar e, por isso, foi contactado o 112.

Do outro lado da linha, nenhuma resposta. O pedido de ajuda e solicitação para a presença de um meio diferenciado foi sendo tentado de forma insistente, como está definido no protocolo, mas a comunicação com o Centro de Orientação de Doentes Urgente não foi possível.

O lar acabou por ter de fazer um telefonema direto para os bombeiros de Castelo de Vide, que acabariam por desbloquear a situação.

A Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de Portalegre só às 13h55 chegou ao lar. Em condições normais, teria demorado 10 a 15 minutos, mas chegou quase uma hora e meia depois.

A utente, de 86 anos foi depois transportada para o Hospital de Portalegre, onde viria a falecer durante a tarde de segunda-feira.

INEM culpa greves

Contactado pela SIC, o INEM atribui os constrangimentos às greves da função pública de segunda-feira e dos técnicos de emergência pré-hospitalar às horas extraordinárias, que tiveram impacto na atividade do CODU e dos meios de emergência.

O INEM diz ainda que está a implementar medidas de contingência para otimizar o funcionamento do CODU ao nível do atendimento.

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