A meio da manhã desta segunda-feira havia mais de 140 chamadas para o 112 em espera. Se nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes, houve turnos críticos, também a gestão das ambulâncias do INEM foi mais difícil.
De acordo com a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica(ANTEPH), cerca de 35 ambulâncias e seis motas estiveram inoperacionais por falta de pessoal, situação que pode ter sido agravada pela greve da Administração Pública.
O alerta também é feito pelo sindicato, que considera que os atrasos no atendimento do INEM e as mortes da semana passada podiam ter sido evitadas.
Um dos casos aconteceu na última quinta-feira, à tarde, em Bragança. De acordo com a família, o homem de 86 anos sentiu-se mal e foi a mulher que ligou para o 112, mas só ao fim de uma hora é que foi atendida.
O idoso acabou por morrer antes da chegada dos bombeiros. O INEM não respondeu ao pedido de esclarecimentos da SIC, mas ao Jornal de Notícias admitiu a falha no atendimento devido ao volume de chamadas e escassez de pessoal.
O Ministério da Saúde já pediu ao INEM uma auditoria interna. Os resultados devem ser conhecidos dentro de um mês. Numa nota à comunicação social, o INEM refere que, por dia, atende 28 chamadas que não são emergências médicas, o que afeta a capacidade de resposta.