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Mais de 30 ambulâncias estiveram inoperacionais devido a falta de profissionais no INEM

A falta de profissionais no INEM deixou, esta segunda-feira, várias ambulâncias paradas e voltou a sobrecarregar o atendimento da linha 112. Os técnicos de emergência médica avisam que sem medidas urgentes, continuará a haver atrasos no socorro.

Cristina Freitas

Vítor Moreira

A meio da manhã desta segunda-feira havia mais de 140 chamadas para o 112 em espera. Se nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes, houve turnos críticos, também a gestão das ambulâncias do INEM foi mais difícil.

De acordo com a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica(ANTEPH), cerca de 35 ambulâncias e seis motas estiveram inoperacionais por falta de pessoal, situação que pode ter sido agravada pela greve da Administração Pública.

O alerta também é feito pelo sindicato, que considera que os atrasos no atendimento do INEM e as mortes da semana passada podiam ter sido evitadas.

Um dos casos aconteceu na última quinta-feira, à tarde, em Bragança. De acordo com a família, o homem de 86 anos sentiu-se mal e foi a mulher que ligou para o 112, mas só ao fim de uma hora é que foi atendida.

O idoso acabou por morrer antes da chegada dos bombeiros. O INEM não respondeu ao pedido de esclarecimentos da SIC, mas ao Jornal de Notícias admitiu a falha no atendimento devido ao volume de chamadas e escassez de pessoal.

O Ministério da Saúde já pediu ao INEM uma auditoria interna. Os resultados devem ser conhecidos dentro de um mês. Numa nota à comunicação social, o INEM refere que, por dia, atende 28 chamadas que não são emergências médicas, o que afeta a capacidade de resposta.

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