O ministro da Educação diz que mais importante do que discutir o Orçamento do Estado é chegar a políticas que resolvam os problemas do país, como a falta de professores.
Foi nas comemorações do Dia da Universidade de Évora que Fernando Alexandre falou sobre alguns dos maiores problemas do setor:
"É um orçamento que aumenta em relação ao ano passado, mas como eu tenho dito e o Governo tem mostrado nestes últimos meses, é que mais importante até do que o Orçamento são as políticas, [portanto], é o que vamos fazer com os recursos que temos. Penso que tomámos nos últimos seis meses medidas muito significativas, seja a recuperação do tempo de serviço, que vai custar 214 milhões no próximo ano, mas também o novo concurso de professores, que vai custar dezenas de milhões de euros."
Um estudo apoiado pela Fundação Belmiro de Azevedo revela que, se nada for feito, a falta de professores vai intensificar-se, sobretudo no terceiro ciclo e no ensino secundário.
Falta de professores: Governo diz que é necessário atrair mais novos para a profissão
O estudo indica que, com a classe cada vez mais envelhecida, os professores que estão em formação não são suficientes para atender às futuras necessidades das escolas.
"Este ano, vão se aposentar mais de 6 mil professores e, por isso, é um problema que já sabíamos que ia acontecer, não é uma novidade. Por isso, aquilo que temos de fazer é valorizar a carreira docente, ou seja, voltar a colocar a carreira de professor no lugar que ela deve ter, que é o lugar central em qualquer sociedade, porque é a partir daí que são formadas as pessoas para todas as profissões", disse Fernando Alexandre.
O ministro acrescenta, ainda, que o pessoal não docente tem razões para não estar satisfeito e que agora o Governo está a trabalhar para tentar encontrar soluções.