Se nada for feito, em 2031 haverá falta de professores em quase todas as disciplinas. A conclusão é de um estudo apoiado pela Fundação Belmiro de Azevedo. O ministro da Educação compromete-se a adotar medidas para inverter a situação.
O estudo mostra também que em 2031 as escolas poderão ter de lidar com um problema muito mais grave do que o que se vive atualmente.
Se em 2021, a falta de professores se sentia apenas no momento em que era preciso substituir quem faltava, em 2031, a situação ganhará escala e será um problema estrutural, conclui a investigação coordenada por Isabel Flores.
Daqui a dois anos, a falta de professores já será crítica. Mas, em 2031, estima-se que faltem professores com habilitação profissional em praticamente todas as disciplinas. Apenas os professores de Educação Física vão ser suficientes para as necessidades das escolas públicas do país.
O litoral, a Área Metropolitana de Lisboa e o sul do país destacam-se por terem mais carência de docentes para o primeiro ciclo.
O ministro da Educação reconhece a necessidade de tornar a profissão mais atrativa.
"Passagem de conhecimento dos docentes mais velhos para os mais novos. É necessário atrair mais novos para a profissão", afirmou Fernando Alexandre.
O estudo alerta para a necessidade de medidas urgentes. Entre elas, o aumento do número de vagas nos cursos de formação de professores, a criação de incentivos financeiros, a melhoria das condições de trabalho e das oportunidades de progressão na carreira.