Agentes da PSP encontram-se, esta quarta-feira, no local onde ainda se encontra o autocarro incendiado na terça-feira à noite. no bairro do Zambujal, onde vivia Odair Moniz, que foi baleado por um agente da PSP na Cova da Moura, Amadora.
Várias carrinhas do corpo de intervenção da Polícia de Segurança Pública encontram-se no Bairro do Zambujal a apoiar a retirada do autocarro que ardeu na noite de terça-feira.
Pelas 10:45, um reboque e um camião de assistência já se encontravam no local para retirar o veículo pesado que foi totalmente consumido pelas chamas, um trabalho que se prevê demorado.
Até ao momento, vive-se um ambiente de tranquilidade, não havendo, para já, registo de desacatos.
Na terça-feira, o autocarro terá sido mandado parar por um grupo de jovens que, depois da saída de todas as pessoas e do motorista, ateou fogo ao veículo.
O momento em que grupo lança fogo a autocarro no bairro do Zambujal
O veículo de transporte de passageiros destruído pelas chamas encontra-se na esquina entre a Rua do Cerrado da Zambujeira e a Rua da Galega no Bairro do Zambujal, Lisboa, onde vivia Odair Moniz, de 43 anos, que foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira na Cova da Moura.
Cenário de violência começou na segunda-feira
Os desacatos têm sucedido desde segunda-feira após a morte de um homem baleado pela PSP na Cova da Moura.
Começaram no Bairro do Zambujal e espalharam-se a várias zonas de Lisboa, nomeadamente Carnaxide (Oeiras), Casal de Cambra (Sintra) e Damaia (Amadora).
Na sequência dos desacatos, três pessoas foram detidas na terça-feira no concelho da Amadora, duas das quais por incêndio e agressões a agentes policiais e outro por incêndio e posse de material combustível, um agente foi apedrejado e duas viaturas policiais ficaram danificadas e vários caixotes do lixo foram incendiados.
Um grupo tentou, sem sucesso, incendiar uma bomba de gasolina. No bairro da Portela, Carnaxide, Oeiras, foi incendiado na terça-feira à noite um autocarro, além de vários caixotes do lixo e uma viatura ligeira.
A mesma fonte policial adiantou que antes do incêndio no autocarro, dois passageiros foram feridos sem gravidade e assaltados.
Já foi aberto inquérito para apurar as circunstâncias da ocorrência e o polícia que baleou o homem foi constituído arguido.