O plano para o novo circuito de cuidados às grávidas e crianças está fechado e será apresentado nos próximos dias. Com as novas medidas, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, promete reduzir o tempo de acesso aos cuidados de saúde. 12% das mulheres em idade fértil estão a uma hora de uma maternidade.
"Procuraremos diminuir esse tempo, que a Entidade Reguladora da Saúde tao meticulosamente mediu. Obviamente, não podemos ter um bloco de partos em cada bairro, mas temos que ter muita atenção, porque temos equipas que são limitadas, urgências que trabalham 24 sobre 24 horas. (...) Temos de saber separar o que é verdadeiramente urgente do que, sendo agudo, não é urgente", clarifica Ana Paula Martins.
Com equipas limitadas, os enfermeiros de saúde materna e obstetrícia vão passar a ter papel relevante. A linha SNS Grávida, criada em junho, vai passar a ser atendida por um enfermeiro especializado, o que não acontecia até agora.
Será feita a pré-triagem e referenciada a doente. Se as grávidas decidirem ir pelo próprio pé às urgências de obstetrícia, na triagem será também recebida por um enfermeiro de saúde materna.
Numa altura em que as principais urgências de obstetrícia continuam a fechar com regularidade, as novas medidas pretendem facilitar a resposta aos cuidados de saúde.
Nova unidade inaugurada
A poucos dias da apresentação do plano, a ministra inaugurou a primeira unidade de saúde direcionada para grávidas e crianças que não tinham qualquer tipo de vigilância. A iniciativa é da Unidade local de São José.
O Governo aplaude, mas não se compromete em replicar o serviço.