Os apoios para os professores deslocados na renda e na deslocação não vão poder ser acumulados. Cabe a cada docente decidir e optar pelo que é mais vantajoso. O ministro da Educação, Fernando Alexandre, garante ainda que o Governo está a trabalhar com números reais.
O ministro da Educação assinala o arranque letivo com uma visita a mais uma escola, num ano marcado pelo descontentamento e insatisfação, sobretudo dos professores.
A Escola Secundária de Vouzela é a escola pública mais bem classificada do país no ranking. Fernando Alexandre defende que é preciso demonstrar os bons exemplos, para saber dar ferramentas para combater as falhas.
A semana ficou também assinalada pela promulgação do Presidente da República aos apoios aos professores deslocados: renda e deslocação. Ainda assim, não ficaram claros quais são os critérios.
“Não são acumuláveis, o apoio à deslocação e o apoio ao arrendamento. Têm de optar por um, aquele que for mais benéfico para o professor”, esclareceu agora Fernando Alexandre.
Falta de professores? Os números “são reais”
O ano letivo está a começar com mais de 120 mil alunos sem professor a todas as disciplinas. Depois de o ex-ministro da Educação, João Costa, ter acusado o Governo de falsear os números, Fernando Alexandre garante estar a trabalhar com números reais e sublinha a gravidade da situação.
“São números reais, como é óbvio. Não há é uma maneira única de medir. O ex-ministro da Educação escolheu o número que preferiu”, atirou o atual ministro.
“Agora, qualquer que seja o número que nós escolhermos – e isso é que importa -, o problema dos alunos sem aulas é gravíssimo”, sublinhou o governante.
Vai ser aberto um novo concurso externo para a colocação de professores nas zonas carenciadas.O prazo e o número de vagas ainda não foram decididos.
“Não consigo dizer o dia, mas vamos publicar, muito em breve, a portaria das vagas, que é o primeiro passo que é necessário. Depois, será feito o aviso. Por isso, [será] nos próximos dias”, adiantou o ministro, que garante que “a parte mais difícil está feita”.
Apesar de garantir que quer combater as falhas na Educação, Fernando Alexandre assume que o número elevado de alunos sem aulas só deveacabar no final da legislatura.