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“Têm de optar por um”: professores não podem acumular apoios à renda e à deslocação

O ministro da Educação diz que cada docente tem de optar pelo apoio que considerar mais benéfico. Fernando Alexandre garante também que os dados referentes aos alunos sem aulas são “reais”, depois de o ex-ministro ter falado em números falsos.

Francisca Carrapatoso

Diana Pinheiro

André Miguel

Marisabel Neto

Os apoios para os professores deslocados na renda e na deslocação não vão poder ser acumulados. Cabe a cada docente decidir e optar pelo que é mais vantajoso. O ministro da Educação, Fernando Alexandre, garante ainda que o Governo está a trabalhar com números reais.

O ministro da Educação assinala o arranque letivo com uma visita a mais uma escola, num ano marcado pelo descontentamento e insatisfação, sobretudo dos professores.

A Escola Secundária de Vouzela é a escola pública mais bem classificada do país no ranking. Fernando Alexandre defende que é preciso demonstrar os bons exemplos, para saber dar ferramentas para combater as falhas.

A semana ficou também assinalada pela promulgação do Presidente da República aos apoios aos professores deslocados: renda e deslocação. Ainda assim, não ficaram claros quais são os critérios.

“Não são acumuláveis, o apoio à deslocação e o apoio ao arrendamento. Têm de optar por um, aquele que for mais benéfico para o professor”, esclareceu agora Fernando Alexandre.

Falta de professores? Os números “são reais”

O ano letivo está a começar com mais de 120 mil alunos sem professor a todas as disciplinas. Depois de o ex-ministro da Educação, João Costa, ter acusado o Governo de falsear os números, Fernando Alexandre garante estar a trabalhar com números reais e sublinha a gravidade da situação.

“São números reais, como é óbvio. Não há é uma maneira única de medir. O ex-ministro da Educação escolheu o número que preferiu”, atirou o atual ministro.

“Agora, qualquer que seja o número que nós escolhermos – e isso é que importa -, o problema dos alunos sem aulas é gravíssimo”, sublinhou o governante.

Vai ser aberto um novo concurso externo para a colocação de professores nas zonas carenciadas.O prazo e o número de vagas ainda não foram decididos.

“Não consigo dizer o dia, mas vamos publicar, muito em breve, a portaria das vagas, que é o primeiro passo que é necessário. Depois, será feito o aviso. Por isso, [será] nos próximos dias”, adiantou o ministro, que garante que “a parte mais difícil está feita”.

Apesar de garantir que quer combater as falhas na Educação, Fernando Alexandre assume que o número elevado de alunos sem aulas só deveacabar no final da legislatura.

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