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Pais e alunos protestam em frente à escola Eugénio de Andrade no Porto devido a falta de condições

A Associação de Pais da Escola Básica Eugénio de Andrade, no Porto, fez esta quinta-feira um protesto devido à falta de condições na escola. Os pais queixam-se que chove dentro da escola e que não há aquecimento nos meses de inverno. Exigem que sejam feitas obras de requalificação.

Marta Sobral

Carlos Artur Carvalho

Lúcia Amorim

No primeiro dia de aulas, Ana Francisca não esteve dentro da sala. Veio para a porta da escola ajudar a dar voz a um problema que é de todos. 

“A minha turma gosta muito de correr, brincar e às vezes nós não temos esse espaço para brincarmos porque ou os corredores para as salas estão cheios ou está a chover lá para dentro”, conta Ana Francisca, aluna. 

Alunos e pais concentraram-se em frente à escola básica Eugénio de Andrade, no Porto, para tentar impedir a abertura no arranque das atividades letivas. Queixam-se de uma escola degradada e pouco segura que não tem obras há mais de 45 anos. 

 A Eugénio de Andrade está na lista nacional de escolas a necessitar de requalificação com caráter muito urgente, mas até agora nada foi feito.  

A Câmara do Porto reconhece a necessidade de substituir o piso desportivo do pavilhão, mas diz que essa é uma competência do Ministério da Educação. Quanto a obras de fundo, a autarquia garante já ter sido aprovado o concurso público para aquisição de projetista, que deverá ser lançado na próxima semana. Tal como esta há centenas de escolas no país que continuam à espera. Um desespero para toda a comunidade educativa. 

“O Governo anterior deixou sinalizadas 451 escolas  de todo o país para terem obras de requalificação, e é isso que se pretende no mais curto espaço de tempo as obras estarem no terreno. É inadmissível nós continuarmos a ver meninos e meninas nas nossas escolas durante uma aula com um cobertor, com uma mantinha. Estas imagens são horríveis e não podem acontecer”, explica Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores. 

Meia hora depois do toque de entrada, a escola abriu por ordem da polícia e apesar da falta de condições há um ano letivo que agora começa para estes 400 alunos.

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