Carlos Moedas, ex-comissário europeu, considera que Maria Luís Albuquerque, escolhida por Portugal para comissária europeia, vai ser "excelente" no cargo porque tem competências "técnicas e políticas". Destaca que Luís Montenegro foi "muito inteligente" ao escolher uma mulher.
Conheço muito bem Maria Luís Albuquerque. Tem as caraterísticas técnicas, políticas e internacionais, que são chave para ser comissário europeu. Técnicas pelo reconhecimento que tem não só em Portugal, mas também lá fora (...). Políticas como ministra das Finanças. Tem um conhecimento internacional muito grande. Ainda hoje recebi várias mensagens de quadros médios da Comissão Europeia que conhecem Maria Luísa Albuquerque", afirma.
Para se trabalhar na Comissão Europeia, "é preciso ter experiência". Maria Luís Albuquerque tem essa experiência, garante Carlos Moedas, acrescentando que é uma "mulher capaz".
"Acho que vai ser uma excelente comissária europeia", considera.
Em entrevista na SIC Notícias, o ex-comissário europeu aponta para uma "alta probabilidade" de Maria Luís Albuquerque ficar no "ciclo mais próximo" da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Carlos Moedas defende que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi "muito inteligente" ao escolher uma mulher.
"Dá uma grande vantagem a Maria Luís Albuquerque. Se tiverem três concorrentes em que dois são homens e ela é mulher, tendo ela uma qualidade extraordinária, eu diria que a escolha de Ursula von der Leyen será a escolha de uma mulher como Maria Luís Albuquerque", adianta.
Questionado sobre o processo, o ex-comissário descreve-o como "muito duro". "É preciso estudar muito. As perguntas são muito específicas, muito técnicas, concretas. É muito difícil". Contudo, Carlos Moedas acredita que a portuguesa vai responder "bem" a todas as perguntas.
O primeiro-ministro anunciou esta quarta-feira o nome do próximo comissário europeu. A escolha recaiu sobre uma mulher: Maria Luís Albuquerque, a antiga ministra de Estado e das Finanças. A última palavra cabe agora à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.