A presidente do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN), Filomena Rosa, diz que não foi alvo de qualquer pressão no caso de atribuição da nacionalidade e cartão de cidadão às gémeas luso-brasileiras e que o processo decorreu dentro dos prazos normais. Esta quarta-feira, realizou-se mais uma comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras tratadas com o medicamento Zolgensma no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
De acordo com Filomena Rosa, o tempo que o Estado demorou para atribuir a nacionalidade às duas crianças foi feito num "prazo perfeitamente regular".
Filomena Rosa diz que "todo o processo de atribuição de nacionalidade às gémeas luso-brasileiras, aconteceu no sistema informático, sem intervenção humana" e por isso recusa a ideia de que algum funcionário do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) tenha "sido influenciado" para privilegiar o processo da gémeas.
"Não houve nenhuma ingerência, não sei o que possa ter levado a essa convicção", frisa a presidente do IRN, reforçando que "não há indícios de que tenha havido um favorecimento neste caso".
A responsável acrescentou ainda que não foi "invocado nenhum pedido de urgência" para os processos nem identificado nenhum contacto de nenhuma entidade externa relativo ao processo de atribuição de nacionalidade das crianças.
Com LUSA