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Pandemia de covid-19 levou muitos alunos a abandonar o Ensino Superior

Um estudo da Fundação Belmiro de Azevedo mostra também que as mudanças nas políticas de acesso às universidades não surtiram o efeito esperado durante a covid-19.

Marta Tuna

Vanda Paixão

Em 2020, o mais atípico dos anos letivos, inscreveram-se pela primeira vez nas universidades e politécnicos do país 97.145 estudantes, mais 14% do que no ano letivo anterior. Foram também disponibilizadas mais vagas de acesso e o número de cursos com médias acima dos 18 valores triplicou.

Durante a pandemia de covid-19, mais alunos terminaram o Secundário. O número de candidatos e inscrições no Ensino Superior também aumentou, sobretudo devido às mudanças nas regras de acesso.

Ainda que o número de alunos a entrar no Ensino Superior tenha aumentado durante a pandemia, também foram mais os alunos a desistir do curso, algo que se registou em todas as áreas científicas, com a Educação no topo da tabela e a registar 14% de taxa de abandono no ano letivo 2020/2021.

Os resultados do estudo do grupo de investigação da Fundação Belmiro de Azevedo apontam que, para isto, contribuíram os desafios impostos pela pandemia, mesmo antes do acesso ao Ensino Superior.

Para os investigadores, as dificuldades financeiras são ainda o principal desafio, tanto na transição para o Ensino Superior, como no sucesso durante os estudos.

O alargamento das bolsas a outros estudantes e a diversificação das vias de acesso, por exemplo para os estudantes do ensino profissional são algumas das medidas recomendadas pelas autoras do estudo para fazer face aos desafios que os alunos enfrentam no Ensino Superior.

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