A mãe das gémeas luso-brasileiras vai ser ouvida esta sexta-feira à tarde na comissão parlamentar de inquérito. Daniela Martins chegou a dizer que usou contactos para uma cunha, mas publicamente sempre negou conhecer o filho do Presidente da República.
Quando o caso foi tornado público, a mãe das gémeas foi apanhada a dizer que conhecia a mulher do filho do Presidente da República e que isso teria ajudado a que a primeira consulta no Hospital de Santa Maria tivesse avançado.
Dias depois, em entrevista à RTP, Daniela Martins insistiu que o apelido Rebelo de Sousa pode ter tido influência neste caso.
"Eu tive a impressão, como era falado dos corredores do Santa Maria, que eles tivessem ter feito alguma requisição", afirma.
Mas já neste mês de junho, meio ano depois da entrevista de Daniela Martins, o advogado da família, em entrevista à SIC, levantou outra possibilidade.
"Temos todo o interesse em que este assunto seja investigado a sério e profundamente. Nós temos a nossa teoria de que estas consultas não foram marcadas por cunha, foram marcadas pelos próprios médicos", refere Wilson Bicalho, advogado da família das gémeas.
E deve ser mais ou menos esta a versão que Daniela Martins tentará explica aos deputados. Publicamente sempre disse que não conhecia Nuno Rebelo de Sousa nem o Presidente da República. Hoje terá nova oportunidade de esclarecer esta e outras questões.
A mãe das gémeas é a segunda pessoa a ser ouvida por esta Comissão Parlamentar de Inquérito, depois de António Lacerda Sales. A viver no Brasil, é a Assembleia da República a pagar as despesas de deslocação.