País

Linha do INEM em Lisboa esteve sem técnicos para atender chamadas de emergência

A linha telefónica do INEM na região de Lisboa esteve na terça-feira sem técnicos para atender as chamadas de emergência. O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar avisa que a falta de profissionais atrasa o socorro. O INEM garante no entanto que todos os telefonemas foram atendidos.

Catarina Lúcia Carvalho

Eurico Bastos

Nunca tinha acontecido com esta gravidade. O Centro de Orientação de Doentes Urgentes de Lisboa esteve ao início da manhã de terça-feira sem técnicos para atender as chamadas do 112.

"O desejável seria 25 pois, apesar de estar já previsto em escala que só seriam dois, na impossibilidade destes dois estarem presentes, que por algum motivo tiveram de faltar, não houve nenhum plano de contingência que visasse mitigar estes constrangimentos e teve as consequências que entretanto foram conhecidas", diz Rui Lázaro do sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar

Nas 4 centrais telefónicas de emergência do INEM, em Lisboa, Porto, Coimbra e Algarve, deviam estar 70 técnicos. Ontem estavam apenas 24, devido a ausências por doenças ou férias. O Sindicatos dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar alerta para as consequências diretas nos doentes.

"Sobrecarga dos outros três CODU´s do país, portanto Porto, Coimbra e Faro. Estes que também estão por si só com um número abaixo do desejável para atendimento de chamadas e isto teve como consequência um atraso no atendimento das mesmas. Pelos dados que nos chegaram ao fim do dia chegaram a registar-se mais de 50 chamadas em espera para serem atendidas, isto ignorando aquelas que os cidadãos entretanto desligam por falta de quem atenda a chamada", explica Rui Lázaro.

Em resposta às preocupações, o INEM desvaloriza. Explica que as chamadas para o 112 são atendidas de forma descentralizada, pelos 4 centros do país

"Uma vez que os quatros já habitualmente, há vários meses, funcionam abaixo do mínimo desejável, com o constrangimento que verificámos ontem, esta sobrecarga exacerbou-se", explica o membro do sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar

O plano de atividades do INEM prevê que sejam 1.480 técnicos. Atualmente são menos de 800, o que significa que faltam mais de 600 profissionais. Com esta falta de meios, os técnicos de Emergência pré-hospitalar preveem maiores constrangimentos ao longo de todo o verão.

Últimas