Na Guarda, a viatuta de emergência médica está inoperacional e a guerra às horas extraordinárias já foi retomada na medicina interna. Corre ainda um abaixo assinado por falta pagamento de quase 300 mil euros de cirurgias adicionais.
A fraca afluência às urgências da Guarda neste sábado contrasta com o que ferve entre médicos e administração: quase 30 médicos de cirurgia geral, ortopedia e ginecologia subscreveram a exigência de pagamentos em atraso de cirurgias adicionais.
No abaixo assinado que já foi entregue ao conselho de administração da ULS da Guarda pode ler-se que desde janeiro foram realizadas 226 cirurgias são devidos 286 mil euros. Dizem ainda que todas as cirurgias foram aprovadas em dezembro do ano passado.
Já a administração, questionada pela SIC antes da entrega do abaixo assinado respondeu dizendo que não há pagamentos de cirurgia adicional em atraso. Que há sim pagamentos em falta relativos a cirurgias que não cumprem as regras do SIGIC, SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE INSCRITOS PARA CIRURGIA.
Os médicos garantem que não há razão para falharem os pagamentos e ameaçam recorrer às instâncias judiciais. Só não se sabe quem vai responder, se esta administração ou a próxima que deve ser nomeada ainda este mês.
No lado mais mais assistencial, a Guarda tem este fim de semana profissionais suficientes para manter a maternidade e a a urgência obstétrica abertas. Têm aliás recebido utentes de Viseu dados os constrangimentos locais. Tal como da Covilhã onde a urgência pediátrica fecha sempre à meia noite, Na urgência médico-cirúrgica as escalas estão completas mas advinham-se problemas. Já três internistas entregaram a minuta de recusa às horas extraordinárias e julho pode ser problemático.