País

Marcelo fala em "convergência" na conferência para a paz, mas alerta que é preciso passo seguinte

O Presidente da República destaca a importância da presença na conferência de países "do mundo árabe", que se relacionam tanto com a Ucrânia como com a Rússia.

Rita Carvalho Pereira

O Presidente da República afirmou, este sábado, a existência de uma “convergência de pontos de vista” e uma “preocupação em encontrar caminho para a paz”. Marcelo Rebelo de Sousa está a representar Portugal na conferência para a paz na Ucrânia, que decorre, este fim de semana, na Suíça.

Em declarações aos jornalistas, após a interrupção da sessão plenária da conferência - os trabalhos serão retomados no domingo -, o chefe de Estado sublinhou, contudo, que é importante haver "outros momentos”, após este primeiro passo, para que se possa, de facto, construir a paz na Ucrânia. E “quanto mais rápido, melhor”, notou.

Para tal, assinala Marcelo Rebelo de Sousa, é muito relevante a presença, nesta conferência para a paz, de países que tem relações com ambas as partes envolvidas no conflito – tanto com a Ucrânia, como com a Rússia. Países como os do “mundo árabe”, assinala.

Para o Presidente português, “é muito positivo” que se verifique uma convergência de posições em defesa da paz na Ucrânia, mas essa paz, ressalva, deve respeitar os “valores da carta da ONU e do direito internacional” e deve corresponder a uma solução "duradoura”.

CPLP e a guerra na Ucrânia? “Vários estão sintonizados”

Questionado sobre se gostaria de ver mais países de língua oficial portuguesa representados nesta conferência, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que, já este sábado, um dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Timor-Leste, discursou no encontro.

Quanto aos demais, o chefe de Estado acredita que mesmo aqueles que não estão representados na conferência estão, em vários casos, “sintonizados com a procura de um caminho para a paz”.

Em relação à etapa seguinte após a conferência, Marcelo Rebelo de Sousa nota que o encontro deste fim de semana ainda vai “a meio”, pelo que ainda não se apontou para o caminho a seguir.

“Vamos esperar para ver”, limitou-se a dizer, rejeitando também comentar o teor da proposta de paz feita por Putin, que tem sido alvo de duras críticas por parte dos líderes internacionais.

O Presidente da República está a representar Portugal, juntamente com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, na primeira Conferência para a Paz na Ucrânia, que junta, na Suíça, representantes de mais de 90 países e organizações. Nem a Rússia nem a China estão presentes.

Últimas