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Comunidade do Bangladesh alerta que ilegais em Portugal vão aumentar com novas regras

A população imigrante do Bangladesh em Portugal queixa-se de falta de apoio à comunidade e assume-se preocupada com as novas regras para as migrações.

Pedro Freitas

Gonçalo de Freitas

Diogo Rodrigues

O líder da Comunidade do Bangladesh em Lisboa avisa que o número de ilegais no país vai aumentar com as novas regras para as migrações. Acusa as autoridades de ignorarem uma população com mais de 40 mil residentes e exposta a muitas situações de risco.

As filas preenchem as ruas do Martim Moniz, a freguesia mais multicultural do país, com 92 nacionalidades.

A mesquita é, todos os dias, o ponto de encontro de 2 mil muçulmanos. Há muito que deixou de oferecer condições de segurança.

“A mesquita não tem uma saída de emergência(...). Se houver algum problema, como um incêndio, ninguém consegue sair. É um grande perigo”, expõe Rana Taslim Uddin, líder da comunidade do Bangladesh.

Acusa as autoridades de ignorarem o problema há 14 anos e de sucessivas promessas falhadas para a construção de um novo lugar de culto.

Queixa-se de falta de apoio a uma comunidade que, em Portugal, já soma quase 50 mil pessoas.

Preocupado com as novas regras para as migrações, o líder da comunidade do Bangladesh avisa que o número de ilegais no país vai aumentar.

“Estamos preocupados”, assume. “As pessoas migrantes que já estão cá, mas ainda não fizeram a manifestação de interesse na AIMA, para onde vão?”, questiona. “Não vão voltar, vão ficar aqui.”

Segundo as novas regras, a manifestação de interesse é extinta e os imigrantes que querem trabalhar em Portugal têm de pedir nos consulados portugueses um visto de trabalho antes de entrarem no país.

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