A polémica indeminização da atual secretária de Estado, Cristina Pinto Dias, continua a levantar dúvidas. O antigo secretário de Estado, Sérgio Monteiro, afasta responsabilidades quanto à indeminização de 80 mil euros que foi paga a Pinto Dias após a sua saída da Comboios de Portugal (CP).
Num só dia, a CP recebeu a carta de demissão e reuniu o conselho de administração com um único ponto na agenda: a saída da administradora que é atualmente secretária de Estado das Infraestruturas no Governo de Luís Montenegro.
O cálculo da indemnização que seria paga foi feito dois dias depois. Indeminização que terá sido paga entre a passagem de Cristina Pinto Dias da CP para outra entidade pública - a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.
O antigo secretário de Estado, Sérgio Monteiro, dirigiu-se ao Parlamento para dizer que não soube da saída de Cristina Pinto Dias nem aprovou o pagamento de qualquer quantia de indeminização.
Chamado pelo Chega, Sérgio Monteiro garantiu que Cristina Pinto Dias deixou a CP, onde recebia 7 mil e 200 euros, como vice-presidente sem saber qual seria o seu futuro. Na altura não sabia que iria passar a ganhar quase o dobro, cerca de 13 mil e 400 euros por mês, como administradora da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.
A nomeação foi feita no dia seguinte à renúncia do cargo na CP, que continua a defender que tratou da rescisão sem saber qual seria o novo cargo da atual secretária de Estado.