O antigo Hospital Militar de Belém será a nova casa de cerca de 200 imigrantes estrageiros que vivem atualmente em situação de sem-abrigo. Aquele que passará a ser conhecido como novo centro de acolhimento para imigrantes de Lisboa, foi cedido pelo Ministério da Defesa, com um carácter temporário.
Uma medida que apanhou de surpresa o Presidente da Junta de Freguesia da Ajuda, Jorge Marques. Diz que a medida do Governo consiste em "despejar e esconder 200 pessoas com problemas atrás de muros", algo que não lhe parece ser a melhor opção.
A Ajuda é uma freguesia envelhecida com alguns problemas de integração. A população aguardava há vários anos a requalificação do hospital e de um centro intergeracional. Agora mostram-se apreensivos com chegada dos imigrantes à freguesia.
Ao lado do Hospital Militar fica a Igreja da Boa-Hora. O Padre da paróquia diz que 200 imigrantes "é muita gente" e será difícil garantir "apoio humano" pela falta de capacidade.
Em resposta à SIC, o gabinete do ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, revelou que "ouvido o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, decidiu ceder, temporariamente, o antigo Hospital Militar de Belém para acolhimento de imigrantes sem-abrigo."
Um protocolo que envolve o Ministério da Presidência, o Ministério da Defesa Nacional e a Câmara Municipal de Lisboa.
O novo centro deverá avançar ainda este verão.