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Ucranianos "não estão à espera de mundos e fundos de Portugal"

A visita de Zelensky a Lisboa vai ser curta. Ainda assim, espera-se que seja reforçado o apoio militar a Kiev, como aconteceu nas visitas a Espanha e à Bélgica. Contudo, os ucranianos não esperam grandes ajudas de Portugal porque sabem que o país é pequeno e compreendem os limites nas possibilidades de apoio. O relato é da correspondente da SIC na Ucrânia, Iryna Shev.

Iryna Shev

"Uma visita breve, mas importante para reforçar os laços entre Portugal e a Ucrânia": É assim que os meios de comunicação social ucranianos estão a noticiar a deslocação do Presidente da Ucrânia a Lisboa, dando ênfase ao comunicado divulgado no site da Presidência portuguesa, que diz que a visita de trabalho de Volodymyr Zelensky se insere na intenção partilhada de aprofundar excelentes relações entre os dois Estados.

Desde o início da invasão russa em larga escala que Portugal tem apoiado a Ucrânia, inclusive, recentemente, em Março, aprovou o investimento de 100 milhões euros no programa de aquisição conjunta de munições, um programa liderado pela República Checa.

Além disso, Portugal tem ajudado também com apoio humanitário e sido voz que defende a soberania e integridade territorial da Ucrânia. Ações muito valorizadas pelos ucranianos e que surpreendem, sobretudo, por serem países que ficam a uma longa distância.

Segundo a correspondente da SIC na Ucrânia, a visita de Marcelo Rebelo de Sousa à Ucrânia, em agosto do ano passado, deixou uma marca de proximidade "muito forte" entre os dois países. Contudo, os ucranianos "não estão à espera de mundos e fundos de Portugal", porque sabem que o país é pequeno e compreendem os limites nas possibilidades de apoio. Sendo que por compreenderem, "ainda dão mais valor a todos os esforços".

Têm sido dias "muito intensos" para Zelensky

À SIC na véspera da viagem de Zelensky, uma fonte próxima do Presidente ucraniano explicou que estes dias iriam "ser muito intensos", porque o Presidente iria visitar três países em dois dias e que por isso, cada hora do Presidente ucraniano estava bem definida para reforçar o apoio militar.

O documento, que se espera que seja assinado em Lisboa, foi na segunda-feira assinado em Madrid e também já foi assinado por países como Itália, França, Reino Unido e, por exemplo, Finlândia.

Trata-se de uma busca de apoio concreto por parte dos ucranianos que nesta altura enfrentam uma nova ofensiva russa na região de Kharkiv.

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