País

O dia em que Lisboa tremeu e a culpa foi de Taylor Swift e dos seus fãs (e há registos)

Os dois concertos de Taylor Swift no Estádio da Luz já tinham ficado na história pelo seu impacto e dimensão. Agora serão também recordados por terem gerado atividade sísmica em toda a cidade de Lisboa. A música "Shake It Off" foi a grande responsável pela energia sísmica detetada em nove estações da capital.

MIGUEL A. LOPES

Mariana Jerónimo

A passagem por Portugal da cantora Taylor Swift mudou por completo as exigências do público português no que toca a concertos. Já era esperado que os dois concertos, totalmente esgotados no Estádio da Luz, gerassem uma multidão de fãs que esperavam ver a cantora norte-americana, pela primeira vez em Portugal. O impacto da "Eras Tour" foi tão grande que se verificou a presença de atividade sísmica durante o segundo e último concerto na capital portuguesa, no passado dia 25 de maio.

Esta atividade sísmica avaliada em 0,82 na escala de Richter, foi sentida durante um dos grandes êxitos de Taylor Swift - a música "Shake It Off" lançada em 2014 no álbum 1989 que representa uma das várias "Eras" recordadas ao longo dos concertos de mais de três horas. Seguindo-se de "You Belong With Me" com uma "magnitude" de 0,80, "Love Story" de 0,72 e a canção "We Are Never Ever Getting Back Together" avaliada em 0,61.

Cerca de nove estações sísmicas situadas nos vários cantos da cidade de Lisboa registaram o impacto que o concerto da cantora norte-americana teve naquela noite. A estação da Escola Básica Professor Delfim Santos, a mais próxima do Estádio da Luz, foi onde se registou a maior atividade sísmica.

Segundo a sismóloga e professora na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), Susana Custódio, o impacto do concerto "registou-se em toda a cidade de Lisboa", revelou ao Público.

Das nove estações sísmicas, a mais longe situa-se junto ao aeroporto de Lisboa. Mesmo quase a seis quilómetros de distância do palco onde atuou Taylor Swift foi detetado atividade sísmica - embora com menos intensidade.

A magnitude de um concerto e de um sismo não são avaliadas da mesma forma

Ao Público, a sismóloga explica que a atividade sísmica gerada por um concerto e um sismo "são difíceis" de comparar. Em causa está a libertação de energia e a sua duração.

"Os sismos têm uma libertação de energia muito breve no tempo – são eventos muito pontuais, que libertam muita energia num intervalo muito curto de tempo”. “Aqui estamos a falar de uma libertação de energia ao longo de vários minutos durante uma música. Portanto, as escalas de magnitude não são bem as mesmas."

Concertos de Taylor Swift já são conhecidos pelos "Swift Quakes"

Não é a primeira vez que é registado, num concerto de Taylor Swift, atividade sísmica provocada pelos seus fãs. O ano passado, vários sismógrafos registaram atividade sísmica durante os concertos da artista em Seattle, nos Estados Unidos.

Os fãs da cantora norte-americana terão dançado tanto durante o concerto que foram registadas ondas sísmicas equivalentes a uma magnitude de 2.3 na escala de Richter. O mesmo já estava previsto acontecer nos concertos do Estádio da Luz, embora não tivessem alcançado a mesma dimensão que nos concertos nos Estados Unidos.

Últimas