A investigação das causas dos incêndios rurais tem sido uma aposta do país nos últimos anos. Viseu voltou a ser, pelas características geográficas, o teatro de operações para um curso da GNR.
"Chegar sempre à área de início, validar a área de início, chegar, se possível, ao ponto de início e daí recolher, sobretudo, aquela que é a prova material para depois podermos perceber quais são as causas que estão por detrás dessa primeira fonte de ignição", explica o Major Luís Ribeiro da GNR.
Em 2023, nas mais de 7.500 ocorrências registadas pela GNR, 13% tiveram uma investigação conclusiva. Permitiram identificar e deter mais de mil pessoas.
A negligência continua a estar na base da maior parte dos crimes de incêndios florestal.
"Nós conhecendo as causas, percebemos, sobretudo, quais são as razões, os motes e as motivações (...) leva as pessoas a cometer o crime de incêndio. E, portanto, com base nisso, o que fazemos é fazer uma aposta direcionada na fase da sensibilização", diz Luís Ribeiro.
O curso de investigação às causas de incêndios florestais ganhou reputação internacional nos últimos anos.
A Portugal já vieram forças de segurança de países Sul-Americanos e este ano há dois formandos da Guardia Civil espanhola.
"Sabíamos que os nossos colegas da GNR têm uma experiência em investigação de incêndios florestais que está bastante avançada, visto que este é o 20.º curso que se realizou. Por isso é bom, no que diz respeito a aprender novas técnicas e partilhar as que já conhecemos, é bastante bom para nós", explica Ismael Paz da Guardia Civil espanhola.
Em 2023, pelos dados da GNR, o país registou menos 42% do número de ocorrências.