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Ministra tenta impedir encerramento da urgência pediátrica de Viseu durante a noite em junho

Plano passa por implementar um atendimento a doentes referenciados pela linha Saúde24 e pelo INEM.

Frederico Correia

Frederico Pinto

A ministra da Saúde esteve esta quinta-feira em Viseu para tentar evitar o encerramento das urgências pediátricas durante a noite a partir de junho. O plano passa por transformar o serviço numa urgência referenciada onde as crianças só vão chegar depois de ser feita uma triagem pelo INEM e pela saúde 24.

Após três horas e meia de reunião com o conselho de administração do hospital de Viseu, convocado de emergência, a ministra Ana Paula Martins explicou aos jornalistas que o objetivo é criar um plano até segunda-feira.

“Um plano para transformarmos o modelo que hoje temos - que já está à vista que não serve - num modelo semelhante a alguns que já temos no país, de urgência referenciada.”

A urgência referenciada já a funcionar noutros hospitais exclui atendimentos urgentes a crianças com sintomas como por exemplo dores moderadas de barriga, febre diarreia, náuseas, entre outros, mas a ministra da Saúde sabe que Viseu é um território particular.

“Percebemos que há questões muito específicas e, portanto, desde logo SNS24 tem de estar muito orientado e os seus algoritmos têm de estar muito orientados e sensibilizados para aquilo que são as necessidades desta região ao nível pediátrico. Depois, naturalmente, os cuidados de saúde primários”, aponta Ana Paula Martins.

O Governo espera que o nomo modelo de urgência possa ser aplicado “o mais depressa possível”, idealmente em junho, mas não se compromete com uma data.

Para já, o movimento popular contra o encerramento da urgência pediátrica de Viseu mantém o protesto marcado para o Dia da Criança.

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