A Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção de um suspeito da conhecida burla "Olá mãe, olá pai". Nos últimos meses, outros suspeitos foram detidos neste esquema em que os burlões se fazem passar por um filho e enviam mensagens às vitimas a pedir dinheiro. Mas o que podem os lesados esperar depois da detenção dos alegados burlões? Há ou não hipótese de recuperarem o dinheiro? A Policia Judiciária e os advogados admitem que sim, mas sublinham que é preciso apresentar queixa.
Há quem tenha transferido 100 euros, outros 200, 500 ou até 2 mil euros de uma só vez para ajudar um suposto filho que, afinal, mais não é do que um burlão à distância de uma mensagem.
A burla "Olá mãe, olá pai" já fez milhares de vitimas. Só no ano passado, foram cerca de 3 mil as queixas que chegaram à Judiciária.
Os inspectores têm anunciado algumas detenções, mas poderão as vitimas vir a ser ressarcidas do dinheiro roubado?
Há casos em que o suspeito quando é detido nada tem em nome próprio.
As burlas são muitas vezes acompanhadas pelo chamado branqueamento de capitais, ou seja, esquemas para despistar a origem e o destino do dinheiro. Mas perante a justiça e o risco de uma condenação pode ser do interesse do burlão negociar com as vitimas.
O acordo será em troca da suspensão do processo e poderá acontecer depois de deduzida a acusação. É nessa altura que o burlão saberá o que tem a perder se for condenado. Mas a vitima poderá entender que é importante que os tribunais façam justiça. Nesse caso, poderá ser apenas testemunha no processo ou constituir-se como assistente. Devem denunciar porque o caso individualizado permitem chegar a identificação de outros tipos de vitimas.
Se foi vitima de burla e já apresentou queixa, as autoridades deverão contactá-lo caso exista um suspeito da burla constituído arguido.
Em caso de dúvida, poderá poderá ligar para a Judiciária e perguntar sobre o andamento do processo.