Luís Garra, representante da "Plataforma p'la reposição das SCUT", considera que a eliminação das portagens nas ex-SCUT é uma "extraordinária vitória" e que representa um ato de justiça para com o interior.
Em entrevista à SIC, o responsável diz que é uma medida de "bom senso económico" e uma "extraordinária vitória".
"É um ato de justiça para com o interior, para com os seus trabalhadores e empresários e as populações em geral", afirma, acrescentando que peca por "ser tardia".
Apesar de "não resolver todos os problemas do interior", considera que é um contributo para dinamizar a mobilidade das populações.
Especificamente no interior, Luís Garra explica que vai ter impacto na diminuição de custos para as empresas que diariamente precisam de circular nas autoestradas, nas deslocações das pessoas para visitar, por exemplo, os familiares e até para cuidados de saúde.
O porta-voz da "Plataforma p'la reposição das SCUT" saúda a medida e apela aos responsáveis políticos para olharem para o interior, para o "problema da demografia" e para a necessidade de intervir na região.
O Parlamento aprovou, na quinta-feira, em plenário, na generalidade, um projeto do PS para abolição de portagens nas autoestradas antigas SCUT (Sem Custos para o Utilizador)
O projeto de lei do Partido Socialista teve os votos favoráveis do Chega, BE, PCP, Livre e PAN, com PSD e CDS-PP a reprovarem-no e a Iniciativa Liberal a abster-se.
A proposta do PS pretende acabar com as portagens na A4 - Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 -Pinhal Interior, A22 - Algarve, A23 - Beira Interior, A24 - Interior Norte, A25 - Beiras Litoral e Alta e A28 -- Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.
As portagens nas SCUT foram criadas em 2011 quando José Sócrates era primeiro-ministro.