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Investigador português recebeu bolsa milionária para tornar aviões menos poluentes

Um investigador português recebeu uma bolsa europeia de três milhões e meio de euros para tornar os aviões menos poluentes. Pedro Camanho está a trabalhar no desenvolvimento de materiais mais leves.

Catarina Lázaro

Rui Flórido

António Soares

As previsões indicam que em 2050 o setor da aviação será responsável pela emissão de 2 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono. A ordem é para descarbonizar, mas cumprir essa meta implica ter voos comerciais menos poluentes.

Um dos caminhos para lá chegar passa pelo INEGI, no Porto, onde se aposta no desenvolvimento de plásticos reforçados com fibra de carbono. São materiais mais leves, que permitem diminuir a pegada ambiental.

Para desenvolver este projeto, Pedro Camanho recebeu uma bolsa de 3,5 milhões de euros, atribuída pelo Conselho Europeu de Investigação. Nesta edição, foi o único investigador sénior de uma instituição portuguesa a conseguir esta bolsa.

Durante cinco anos, a estratégia passa por simulações, ensaios e fabrico de uma nova geração de materiais compósitos. Em computador, é possível fazer modelos em várias escalas e ver em detalhe o impacto de um pássaro ou de raio, permitindo assim poupar tempo e dinheiro.

É mais rápido com modelos a microestrutura e ver de que forma afetam o comportamento da estrutura e custo dos ensaios, porque são caros e aqui o ensaio é virtual.

A "prova dos nove" será no final do projeto, com ensaios em laboratório que vão simular o ambiente real e quantificar a redução de peso.

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