A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um processo para apurar as circunstâncias em que, na madrugada de segunda-feira, um agente da PSP matou um homem em sua casa com a arma de serviço.
Ao Expresso, o gabinete da inspetora-geral da Administração Interna, Anabela Cabral Ferreira, confirmou que foi aberto um processo que se "destina a apurar as circunstâncias em que foi utilizada a arma de fogo, de que resultou uma morte”.
Conforme avança o jornal, também a Polícia Judiciária (PJ) está a investigar as circunstâncias do homicídio e o agente já prestou depoimento naquela polícia. “Falou e colaborou connosco”, conta uma fonte próxima do processo.
Até ao momento, a versão apresentada pelo agente, que pertence à Unidade Especial de Polícia (UEP), é considerada credível, ou seja de que terá agido em legítima defesa.
Segundo o polícia, tudo começou às 03:30 da madrugada nuns semáforos em Algés, concelho de Oeiras.
O polícia à civil e num carro também civil terá sido abordado por uma dupla de assaltantes, um homem e uma mulher, que o obrigaram a entrar num segundo carro sob ameaça de arma de fogo.
Diz que foi coagido a ir a um multibanco levantar dinheiro e depois obrigado também a ir à própria casa.
Assim que entraram, o agente tirou a arma de serviço de uma gaveta e identificou-se como polícia. A seguir, sob ameaça de uma arma de fogo, disparou um tiro certeiro no coração do raptor que teve morte imediata.
Segundo o Expresso apurou, a arma com que o suspeito ameaçou o agente junto ao estádio do Jamor não era verdadeira e os raptores terão agido para obter dinheiro rápido para o consumo de drogas duras.
O jornal tentou ainda saber se o agente está de serviço ou se ficou de baixa ou com algum tipo de sanção, no entanto até ao momento não foi possível obter uma resposta.